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Reunião entre Lula e Trump na Malásia neste domingo, acena para um acordo de distensão

Gestos diplomáticos

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Da redação do 8k / Fotos: Agência Brasil / EBC

Publicado em: 26 de outubro de 2025 às 13:05  

 

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder americano, Donald Trump, se reuniram em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo, 26 de outubro de 2025, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

A reunião, que durou cerca de uma hora, foi considerada positiva por ambas as partes.

Temas da conversa

  • Comércio e tarifas:

Um dos principais focos da conversa foi o comércio bilateral e as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o Brasil. A negociação para suspender ou modificar essas tarifas deverá continuar após a cúpula.

  • Relação bilateral:

O encontro serviu para discutir a relação geral entre os dois países. Lula afirmou que os dois países conseguiram fazer “o que parecia impossível”, destacando a importância do diálogo.

  • Assuntos globais:

Embora o foco tenha sido a relação Brasil-EUA, questões geopolíticas como a guerra na Ucrânia, o conflito em Gaza e a situação na Venezuela também puderam ser abordadas, conforme indicou Lula.

  • Minerais críticos:

Um especialista em relações internacionais sugeriu que a negociação pode envolver o Brasil suprindo a demanda dos EUA por minerais de terras raras, já que a China impôs restrições.

Outros pontos importantes

  • Reunião neutra:

A escolha da Malásia como local do encontro foi um desejo do governo brasileiro, por ser um território neutro para a negociação.

  • Precedentes:

O encontro presencial foi precedido por uma conversa por videoconferência entre Lula e Trump cerca de duas semanas antes.

  • Contexto da viagem:

A reunião ocorreu no contexto da viagem de Lula ao Sudeste Asiático, onde ele participou da Cúpula da ASEAN. Trump também está em uma viagem pela Ásia, na qual se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.

Repercussão da CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou o encontro como um “avanço concreto” e mostrou otimismo em relação ao fim do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos. 

  • A organização classificou a abertura de negociações entre as duas maiores economias das Américas como um passo significativo para resolver as tensões comerciais.
  • A CNI vinha pressionando por um diálogo que revertesse as taxas impostas por Trump sobre o aço e o alumínio brasileiros. 

Análise de especialistas brasileiros

Os analistas de relações internacionais destacaram a importância do pragmatismo nas negociações, separando os interesses comerciais da complexidade política.

  • Aproximação pragmática:

O professor da ESPM Leonardo Trevisan apontou a abordagem pragmática do Brasil nas negociações, focando em interesses comerciais e no fim do tarifaço.

  • Potencial de negociação:

Para a CNI, a conversa pode ter sido um passo importante para destravar negociações que haviam estagnado.

  • Cautela política:

Alguns especialistas alertaram sobre a cautela necessária ao abordar temas políticos, como a Lei Magnitsky, para não atrapalhar o avanço em questões econômicas.

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