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Relatório aponta execução mínima de orçamento para prevenir o feminicídio em 2025″

 

Quatro mulheres são mortas por dia no país

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Da redação do 8k / Fotos: Arquivo

Publicado em: 7 de dezembro de 2025 às 17:45

 

 

Dados de 2025 indicam um crescimento no número de casos de feminicídios no Brasil, com alguns locais registrando recordes históricos. O cenário é descrito como grave e persistente por diversas fontes e relatórios. E que nos remetem à Estatísticas e Tendências de 2025

Recorde local e nacional

O número de feminicídios no país atingiu um novo recorde na série histórica iniciada em 2015. A cidade de São Paulo, em particular, já registrou o maior número de casos de feminicídio em 2025, superando anos anteriores.

Dados Nacionais (Até Setembro)

O Brasil contabilizou 1.075 casos de feminicídio entre janeiro e setembro de 2025, de acordo com um levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No primeiro semestre, foram 950 casos, segundo outro levantamento.

Violência por Arma de Fogo

Houve um aumento nos casos de feminicídio praticados com arma de fogo em 2025. Além dos feminicídios, o país registrou um alto número de agressões contra mulheres, com quase 4 milhões de mulheres sofrendo algum tipo de violência em 2025, segundo estimativas e pesquisas.

Causas e Contexto

Especialistas e relatórios apontam a disseminação da misoginia, inclusive na internet, e a escassez de ações preventivas como fatores contribuintes para o aumento da violência. Um relatório recente aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado revelou que o Ministério da Justiça executou apenas 0,1% do orçamento previsto para o plano nacional de prevenção ao feminicídio.

Onde Buscar Ajuda e Informação

Em caso de violência ou para denúncias, é fundamental buscar apoio nos canais oficiais:

  • Ligue 190 (Polícia Militar) em casos de emergência.
  • Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) para denúncias e informações sobre serviços de proteção.

Procure uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) ou o Ministério Público local.

Por trás dos dados alarmantes de feminicídio no Brasil em 2025, especialistas e estudos apontam uma combinação de falhas institucionais, disseminação de ideologias misóginas e a falta de implementação efetiva de políticas públicas. Especialistas em segurança pública, sociologia e direitos humanos identificam múltiplos fatores interconectados que contribuem para a persistência e o aumento desses crimes:

Subfinanciamento e Falhas nas Políticas Públicas

Um relatório crucial aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado revelou que o Ministério da Justiça executou apenas 0,1% do orçamento previsto para o plano nacional de prevenção aos feminicídios entre março de 2024 e junho de 2025. Essa carência de investimento reflete a falta de prioridade política na prevenção da violência de gênero.

Violência Institucional e Impunidade

A impunidade generalizada e a “violência institucional” – que ocorre quando os próprios agentes públicos falham em acolher ou proteger as vítimas – são fatores decisivos que perpetuam a crença de que a violência contra mulheres é aceitável ou não terá consequências.

Disseminação da Misoginia Online (Machosfera)

A internet e as redes sociais têm sido apontadas como vetores para a disseminação em massa de discursos de ódio e ideologias misóginas, que normalizam a subordinação das mulheres e incentivam comportamentos violentos.

Aumento da Circulação de Armas de Fogo

Especialistas do Instituto Sou da Paz e de outras entidades de segurança pública correlacionam o maior número de armas de fogo circulando na sociedade com o aumento dos dados de violência doméstica e feminicídios, tornando os conflitos domésticos mais letais.

Cultura Patriarcal e Controle

A raiz do problema reside em uma cultura patriarcal persistente que vê as mulheres como propriedade ou objetos de controle. O feminicídio, em sua essência, é um crime de ódio de gênero, motivado pelo desejo de controle do homem sobre a mulher

Falta de Acolhimento e Serviços Especializados

Relatórios do Senado apontam a baixa oferta de serviços especializados, como centros de referência e abrigos, especialmente em áreas rurais e periferias, o que dificulta o acesso das vítimas à rede de proteção.

Em suma, os especialistas concordam que o aumento dos feminicídios não é um fenômeno isolado, mas o resultado de um sistema que falha em proteger as mulheres, desde a prevenção até a punição dos agressores.

 

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