Quadrilhas do Ozempic
Da redação do 8k / Fotos: Arquivo
Publicado em: 3 de outubro de 2025 às 11:02
A onda de roubos de medicamentos de alto valor, como o Ozempic e outras canetas injetáveis para emagrecimento, impulsionou a transportadora DHL a investir R$ 100 milhões em uma frota blindada no Brasil.
A crescente demanda por esses produtos e o alto preço de mercado os tornaram alvos frequentes de criminosos, que chegam a formar quadrilhas especializadas.
Detalhes do investimento da DHL
Frota blindada:
A aquisição de veículos blindados visa garantir a segurança das cargas de medicamentos mais visados e de alto valor agregado durante o transporte terrestre.
Segmento bilionário:
O investimento faz parte de uma estratégia da empresa para fortalecer sua participação no bilionário mercado de medicamentos e ciências da vida, que vem apresentando forte crescimento.
Cargas sensíveis:
Além das canetas injetáveis, a DHL transporta outros medicamentos sensíveis e essenciais, como tratamentos para câncer e outras doenças crônicas.
Outras medidas de segurança adotadas no setor
O aumento dos roubos de medicamentos tem levado outras empresas do setor, incluindo distribuidoras e farmácias, a reforçar a segurança. Algumas das medidas incluem:
Investimento em tecnologia:
Uso de inteligência artificial para monitoramento de rotas e cargas.
Reforço em farmácias:
As farmácias têm intensificado a segurança para coibir a ação de assaltantes.
Outras perdas:
Os roubos geram prejuízos não apenas para as transportadoras, mas também para redes varejistas.
Em maio de 2025, a RD Saúde separou R$ 12,4 milhões para cobrir os roubos.
Transportadora DHL investe R$ 100 milhões no Brasil de olho no bilionário mercado de medicamentos com alta demanda por medicamentos sensíveis e visados, como as canetinhas de emagrecimento, empresa a onda de roubo de Ozempic fez a transportadora DHL investir 100-milhões em frota blindada no Brasil.
A crescente demanda por esses produtos e o alto preço de mercado os tornaram alvos frequentes de criminosos, que chegam a formar quadrilhas especializadas.
Medidas de segurança adotadas no setor
O aumento dos roubos de medicamentos tem levado outras empresas do setor, incluindo distribuidoras e farmácias, a reforçar a segurança. Algumas das medidas incluem:
- Investimento em tecnologia:
Uso de inteligência artificial para monitoramento de rotas e cargas.
- Reforço em farmácias:
As farmácias têm intensificado a segurança para coibir a ação de assaltantes.
Diante da onda de roubos de medicamentos de alto valor, o Brasil enfrenta desafios consideráveis no combate imediato a esse tipo de crime, que é complexo e envolve o crime organizado
As medidas de proteção e enfrentamento envolvem a cooperação entre empresas privadas, órgãos reguladores e forças policiais.
Medidas práticas de proteção por parte das empresas:
- Investimentos em segurança: Empresas de logística e farmácias estão investindo em tecnologia e infraestrutura para se protegerem. A DHL, por exemplo, investiu R$ 100 milhões em uma frota blindada para o transporte de medicamentos valiosos.
- Tecnologias de monitoramento:
O uso de sistemas de monitoramento em tempo real e inteligência artificial ajuda no rastreamento de cargas e na otimização de rotas, evitando áreas de risco.
Blindagem e escolta:
A utilização de veículos blindados e a contratação de escoltas armada para cargas de alto valor se tornaram práticas mais frequentes.
Controle de estoque e distribuição:
Farmácias estão adotando medidas de segurança internas, como o armazenamento de medicamentos mais visados em cofres ou áreas de acesso restrito, e evitam manter grandes estoques para não atrair criminosos.
- Geradores de neblina:
Alguns estabelecimentos comerciais, incluindo farmácias, estão instalando geradores de neblina para criar barreiras visuais e frustrar a ação de assaltantes.
Medidas regulatórias e fiscais
- Fiscalização da Anvisa:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou a fiscalização e as regulamentações sobre a distribuição e a manipulação de medicamentos, especialmente os de alto valor, para dificultar a entrada de produtos roubados no mercado.
- Controle de venda:
A Anvisa aprovou a retenção obrigatória de receitas para a venda de medicamentos como o Ozempic, além de exigir o registro das vendas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
- Ações da Receita Federal:
A Receita Federal ampliou suas medidas de enfrentamento ao crime organizado para combater o contrabando de medicamentos.
- Capacidade de enfrentamento imediato do Estado:
Embora existam ações em andamento, o Estado brasileiro enfrenta dificuldades em combater o problema de forma imediata e abrangente:
- Ação limitada das polícias:
As polícias militares e rodoviárias reforçam o patrulhamento em rodovias, mas a extensão do território e a sofisticação das quadrilhas de roubo de cargas limitam a eficácia imediata.
- Complexidade do crime organizado:
O roubo de cargas de medicamentos é frequentemente praticado por quadrilhas especializadas e bem organizadas, que atuam em diferentes etapas da cadeia criminosa.
- Falta de articulação: A cooperação entre as polícias estaduais e a Polícia Federal, que investiga o crime organizado, ainda não é totalmente integrada para um combate mais eficaz.
Legislação em discussão:
Embora a lei 13.804/2019 tenha sido sancionada para fortalecer o combate ao roubo de cargas, a legislação não resolveu o problema de forma definitiva. Projetos de lei para tornar o roubo de medicamentos um crime hediondo, já foram propostos, mas ainda estão em tramitação.
Aumento da demanda e do valor:
A alta demanda e o valor elevado de mercado de medicamentos como o Ozempic continuam a ser um atrativo para os criminosos, gerando prejuízos substanciais para o setor.
Portanto, o enfrentamento imediato é complexo e depende de um esforço conjunto e contínuo entre os setores público e privado, que ainda não garantem uma solução completa para o problema.