Banner 1 Banner 2
Instagram

“Novembro Azul”, a cor que simboliza a máxima atenção para a prevenção e controle do Diabetes

Campanha de “Bem-estar no Trabalho”

Diabetes
dia 5
dia 3
dia 4
dia 2
dia 8
dia 6
dia 1
Diabetes dia 5 dia 3 dia 4 dia 2 dia 8 dia 6 dia 1

Dr Izidoro Flumignan (Endócrino/Especialista em Diabetes)

 

Repórter Silvia Pereira/ Fotos: Reprodução

Publicado em: 18 de novembro de 2025 às 14:43

 

Entrevista

O mês de novembro foi convencionado, desde de 1991 no mundo inteiro, à luta pela conscientização dos males do Diabetes que afeta milhões de pessoas no planeta, e que passou a ser denominado como “Novembro Diabetes Azul”.

O tema do biênio 2024-2025 é ‘Diabetes e bem-estar’ e o foco deste ano é para o Diabetes no ambiente de trabalho, destacando os desafios enfrentados por pessoas que vivem com a doença e por aquelas que estão em risco no ambiente de trabalho.

As campanhas sobre Diabetes, especialmente no Novembro Diabetes Azul, visam conscientizar sobre a doença, promover o diagnóstico precoce e incentivar a prevenção e seu controle.

E foi assim que o dia 14 de novembro ficou conhecido como Dia Mundial do Diabetes, em homenagem a Frederick Banting, co-descobridor da insulina. As campanhas anuais focam em temas como “Diabetes e bem-estar”, “saber seu risco”, e “respeito no ambiente de trabalho”.

Também o Brasil se une à essa luta, partilhando com o mundo, o Mês Mundial do Diabetes, um período dedicado à intensificação de campanhas sobre a conscientização, prevenção e promoção de cuidados com essa condição que afeta mais de 537 milhões de pessoas globalmente.

Neste ano, o tema escolhido — “Diabetes e Bem-Estar no Trabalho” — convida empresas, gestores e colegas a refletirem sobre o papel do ambiente profissional na saúde física e emocional de seus colaboradores.

O Diabetes, especialmente o tipo 2, é amplamente evitável por meio de hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e controle do estresse.

No entanto, cerca de 240 milhões de pessoas no mundo ainda vivem com a condição sem diagnóstico, infelizmente.

O local de trabalho, onde muitos passam grande parte do dia, pode ser um espaço estratégico para promover saúde, detectar precocemente sinais da doença e combater o estigma que ainda cerca quem convive com ela.

A campanha de 2025 incentiva ações como palestras educativas, exames gratuitos, rodas de conversa e adaptações que favoreçam o bem-estar de todos.

No Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Manaus e outras cidades que têm os Lions Clubes farão várias campanhas em várias praças públicas.

Outras organizações como a FENAD, ANAD também farão seus eventos em São Paulo.

Já a ACD – Associação Carioca dos Diabéticos, publicou recentemente que somente no estado do Rio de Janeiro existem mais de 2 milhões de pessoas com a glicemia alterada e que o Diabetes é hoje, considerando sua epidemiologia, e que, portanto, chega a ser a doença mais cara do mundo, atingindo um custo médio mensal estimado em 1.200,00 reais

A ALERJ – Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em 2022 promulgou a Lei da Hemoglobina Glicada que obriga os laboratórios públicos e privados a comunicarem à Secretaria Estadual de Saúde os valores alterados para que sejam realizadas as medidas preventivas pelas equipes da Saúde da Família, mas ainda falta sua regulamentação pelo governo do estado.

O médico Izidoro Flumignan, diretor científico da ACD, em entrevista declarou que essa lei, quando regulamentada, poderá salvar muitas vidas e economizar recursos públicos e privados.

E é ele, que o Portal 8k entrevista agora sobre esse tema

8k – Como a Hemoglobina Glicada poderá ajudar na prevenção do Diabetes?

Dr Izidoro – A dosagem da Hemoglobina Glicada é um exame de sangue simples e barato, cujo nível mede a média glicêmica da pessoa. A dosagem normal é até 5,7%, muito acima dessa marca, caracteriza Diabetes descontrolado.

8k – A regulamentação da Lei da Hemoglobina Glicada, significaria a implementação na prática dessa norma, propriamente dita. Essa ação seria custosa para o Estado?

Dr Izidoro – De jeito nenhum. Faz parte da Vigilância Epidemiológica que integrada à Saúde da Família evitaria o Diabetes e suas complicações. A informação otimiza o tratamento em níveis apropriados para cada pessoa, reduzindo assim os custos da doença, além de ser um excelente instrumento para a medicina preventiva. É a Farmacoeconomia, que é uma tendência mundial, e que tende também a jogar luzes à medicina em nosso país.

8k – Dessa forma, é possível localizar cada pessoa com Diabetes para a realização de medidas preventivas multi escalonada?

Dr Izidoro – Se o Diabetes está em seu início, a prevenção se dá pela dieta, exercícios e redução do peso. No entanto, se estiver descontrolado, o tratamento tem que ser intensivo, incluindo medicamentos e monitores eletrônicos para controlar a doença, que previnem a invalidez por: Cegueira, Insuficiência Renal, Pé Diabético, AVC, Infarto.

8k – Qual a importância de medicamentos como Ozempic, o Monjaro, para prevenir/controlar o Diabetes??

Dr Izidoro – São boas indicações para o Diabetes tipo 2, e que também reduzem o peso. Apesar de eficientes, impactam por seu alto custo individual. E ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde, não aprovou sua inclusão no rol de medicamentos do SUS, justamente por seu alto custo, que segundo avaliações técnicas, trariam um impacto gigante ao orçamento da Saúde Pública brasileira.  Porém, tem que haver uma visão mais a longo prazo sobre as despesas, voltadas para as políticas de prevenção de doenças, cujos benefícios são notórios em todos sentidos, e que viriam a longo prazo, surtir resultados muito satisfatórios, do ponto de vista médico e econômico, dando qualidade à Saúde Pública brasileira. Infelizmente venceu a visão imediatista, e fracassou a prevenção.

 

×