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Castro encerra a semana com uma megaoperação policial sangrenta, mas com alto índice de aprovação

Operação de Contenção

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Por Silvia Pereira / Fotos: Reprodução

Publicado em: 3 de novembro de 2025 às 00:17

 

Após a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, que se tornou a mais letal da história do Rio, o avanço da segurança pública no Rio de Janeiro é incerto e alvo de debates intensos.

As autoridades buscam manter a pressão e adotar novas estratégias, mas o episódio expôs profundas fragilidades e divisões na sociedade e entre especialistas.

Os desdobramentos e perspectivas incluem:

Manutenção da Pressão Policial:

O governo do estado e as forças de segurança defendem a operação como “legal e necessária” para desarticular a cúpula do Comando Vermelho (CV).

A expectativa é de que ações de inteligência e operações continuem visando conter o avanço territorial da facção, que, segundo o secretário de Polícia Civil, havia transformado os complexos em quartéis-generais nacionais do crime.

Novas Estratégias e Pedidos de Ajuda Externa:

Um dia após a operação, o governo do Rio anunciou que entregou um relatório aos EUA pedindo que o CV seja classificado como organização terrorista e solicitando auxílio.

A polícia também mencionou um “plano de 60 dias” e o uso de táticas como cercos (o chamado “muro do Bope”) para direcionar criminosos para áreas de mata, onde ocorreram grande parte dos confrontos e mortes.

Intensificação do Debate sobre Letalidade:

A operação, com mais de 120 mortos, gerou protestos de moradores e críticas de ONGs e especialistas em segurança, que a descrevem como um “retrato brutal do colapso do Estado” e apontam danos psicológicos profundos às comunidades.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) está investigando as mortes, e a letalidade da ação deve continuar a pautar as discussões sobre a eficácia e os limites das operações policiais no estado.

Polarização Política e Opinião Pública Dividida:

A ação policial dividiu a opinião pública, com 52% vendo-a como adequada e 46% como excessiva, de acordo com uma pesquisa AtlasIntel.

Essa polarização reflete a falta de consenso sobre qual o melhor caminho para a segurança pública no Rio de Janeiro.

Necessidade de Ações Integradas e Estruturais:

Especialistas apontam que operações pontuais, mesmo que de grande porte, não atacam a raiz do problema do crime organizado e sugerem a necessidade de políticas públicas mais abrangentes e integradas, que vão além do confronto direto e incluam a presença do Estado com serviços básicos nas comunidades.

Em resumo, a segurança pública no Rio de Janeiro pós-operação, avança em um cenário de incerteza e contestação, com o governo apostando na força e em novas parcerias, enquanto a sociedade e especialistas cobram medidas mais eficazes e menos violentas. 

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