Polêmica venda do Maracanã
Da redação do 8k / Fotos: Alerj
Publicado em: 23 de outubro de 2025 às 13:05
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em 22 de outubro de 2025, um projeto de lei que inclui o Complexo do Maracanã em uma lista de imóveis públicos que o governo estadual pretende vender
No texto original, enviado à Casa pelo Executivo, havia previsão para a venda de 48, mas a lista final ficou bem maior depois que os deputados retiraram 16 bens, mas acrescentaram outros 30.
O parecer aprovado teve como base o relatório de um grupo de trabalho coordenado pelo deputado Alexandre Knoploch (PL), que vistoriou parte dos imóveis indicados inicialmente pelo estado.
A medida, que também abrange a Aldeia Maracanã e imóveis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tem como objetivo arrecadar fundos para o estado.
Principais detalhes:
- Contexto fiscal:
A inclusão dos imóveis faz parte de um plano do governo do Rio para aumentar as receitas estaduais e tentar aderir a um programa de renegociação de dívidas com o governo federal. O estado busca novas fontes de receita para enfrentar uma dívida que se aproxima de R$ 200 bilhões
Estimativa de valor:
Alguns parlamentares estimam que a venda do complexo esportivo e da Aldeia Maracanã poderia render cerca de R$ 2 bilhões
Imóveis incluídos na lista:
As inclusões dos imóveis— todas sugeridas pelo presidente da CCJ , Deputado Rodrigo Amorim— abrangem ainda 28 imóveis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
A lista de bens estaduais a serem vendidos também inclui o prédio do 6º Batalhão da Polícia Militar e apartamentos da Uerj, além de outras propriedades.
Imóveis excluídos da lista:
o grupo recomendou a retirada de 12 propriedades com uso público confirmado, como a Escola de Música Villa-Lobos e as sedes de projetos sociais — entre eles, a Casa Nem, a Escolinha de Artes do Brasil, a Casa Almerinda Gama e o Grupo Arco-Íris.
Além disso, foram retirados da lista, o complexo esportivo Caio Martins — por solicitação de Verônica Lima (PT) e Flávio Serafini (PSOL) —, a sede da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio (Faferj), a pedido de Élika Takimoto (PT), além de dois imóveis em Niterói, também indicados por Serafini: um prédio do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio (Iaserj) e o edifício onde funciona o CIEP Municipal Esther Botelho, no bairro do Cantagalo.
Reação negativa à medida:
A decisão tem gerado discussões, com deputados e especialistas debatendo a viabilidade e as implicações de vender o Complexo do Maracanã, considerando seu valor simbólico e histórico.
Próximos passos:
O projeto de lei complementar ainda precisa ser votado e aprovado em plenário na Alerj para se tornar lei. Durante a tramitação, ele pode ser alterado por novas emendas
